sábado, 21 de março de 2015

Pico: Trilho Primavera na Calheta de Nesquim

Nada melhor que entrar na Primavera com uma caminhada… e que caminhada.

A freguesia do mês foi a Calheta, reunindo-nos todos no centro desta, de onde saímos em veiculo, subindo pelo lugar da Ribeira Grande até ao ponto de início.

Começámos junto do Purgatório, passando logo pela Caldeira cuja cratera circular, perfeita, profunda e cheia de endémicas nas escarpas, nomeadamente cedros-do-mato, trovisco macho, urze e azevinho, é um dos nossos locais favoritos da ilha e onde se pode brincar um pouco com o eco extremamente prolongado e retardado.

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Caldeira (esq.) e Vaca (dir.)

Seguimos sempre por estrada asfaltada passando  pelo Cabeço da Lança, onde reza a lenda que este terá sido o local escolhido por D. Pedro, aquando da guerra civil pela disputa do trono Português com o seu irmão  D. Miguel, para se encontrar e firmar uma aliança com os ingleses, por se tratar de um local isolado e de difícil acesso. O cabeço da lança adoptou este nome devido à lança que terá sido deixada cravada no topo do cabeço como sinal do acordo.

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Vacas

Continuámos descendo até ao sopé do Cabeço do Silvado, que subimos logo de seguida. As vistas são fantásticas e o tempo também ajudou: por um lado toda a Ilha de São Jorge no  horizonte com os Cabeços da Ribeira da Laje e da Lambisca mais abaixo, que tínhamos subido no percurso de Janeiro; ao lado a Ponta da Ilha com o farol; as freguesias da Piedade e Calheta seguiam-se; e para o interior da ilha uma boa panorâmica com o Cabeço da Lança ao centro.

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Vistas do Topo do Cabeço do Silvado

Daqui descemos a corta mato em direção à pedra aguda, uma chaminé vulcânica que subimos e descemos, entrando no percurso marcado da calheta (PR11PIC- Calheta de Nesquim), atualmente fechado, que seguimos até chegar ao centro da freguesia da Calheta, não sem antes passar pela vigia da baleia e pelo local onde terá sido a primeira vigia da Ilha do Pico.

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”A formiga no carreiro…” (esq.) e Pedra Aguda (dir.)

Finalizámos o percurso no Largo do Terreiro Capitão Anselmo Silveira da Silva, responsável pela fundação da primeira armação baleeira dos Açores.

Relativamente ao percurso, embora com alguns quilómetros de asfalto estes passaram bem rápido e as vistas foram fantásticas. Houve curiosidades geológicas e bastante informação histórica o que tornou tudo ainda mais interessante. De referir apenas que foi necessário cruzar alguns portões e passar alguns arames farpados, ou seja andou-se por propriedade privada pelo que se alguém desejar repetir este trilho deverá solicitar autorização aos proprietários das pastagens.

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